Projeto de Cacau e Derivados tem planejamento definido até 2018
O pequeno produtor rural da Vila do Retiro, em Ilhéus, Ailton Bevenuto, participa de dois projetos – um coletivo e outro individual – relacionados à cadeia produtiva do cacau e seus derivados no sul da Bahia. Em uma das ações, 28 famílias de pequenos agricultores produzem, em média, 300 quilos de frutas desidratadas por mês. Já como microempreendedor individual, mantém em atividade o “Cacau da Terra”, negócio que toca com a própria família na produção de 100 quilos de barrinhas de chocolates orgânicos, por mês, na cozinha de casa.
“Vamos ampliar os dois negócios. Uma cozinha industrial vai aumentar em cinco vezes a produção de tabletes de chocolates, por exemplo. Planejamos o crescimento com ajuda do projeto Indústria Setorial Ilhéus – Derivados de Cacau, do Sebrae”, explica o produtor e empreendedor rural.
Os passos que Ailton Bevenuto e todos os integrantes do programa darão até 2018 com a participação direta do Sebrae foram discutidos nesta quinta-feira (12) por todas as entidades parceiras que integram o programa, dentre elas a Federação dos Agricultores do Estado da Bahia (Faeb), Associações de Pequenos Agricultores, Instituto Cabruca, Associação Cacau Sul Bahia (responsável pelo Projeto de Identificação Geográfica do Cacau), Ilhéus Convention Bureau, Senai/Sesi, Prefeitura de Ilhéus e representantes do terceiro setor. “Esta é a hora que o grupo tem para definir o que quer nos próximos três anos”, destaca o analista do Sebrae, Eduardo Andrade.
Parcerias - Pelo cronograma do Sebrae, em três anos o projeto terá que apresentar, dentre outros resultados, uma receita acumulada de R$ 1,8 milhão em negócios envolvendo pequenos produtores e contar com 80% de satisfação e aprovação dos seus participantes. O analista Eduardo Andrade ressalta ainda que os parceiros trabalharão, paralelamente em suas expertises, oferecendo contrapartidas à ação do Sebrae.
O Instituto Cabruca, segundo o diretor Gerson Marques, por exemplo, está patrocinando uma pesquisa de mercado que reunirá dados sobre o perfil do consumidor baiano de chocolates finos de origem regional.
“A Faeb vai discutir os próximos passos com os sindicatos regionais e os produtores de cacau do Sul da Bahia. A ideia é que as outras instituições participantes também deem o seu recorte à proposta do Sebrae, integrando agendas e trabalhando conjuntamente”, destaca Guilherme Moura, vice-presidente da Federação da Agricultura do Estado da Bahia.